RENAL
ULTRASONOGRAPHIC FINDINGS BEFORE AND AFTER PYELOPLASTY
UBIRAJARA BARROSO
JR., VIVIAN ALVIM BARROSO, ADRIANO ALMEIDA CALADO, MIGUEL ZERATI FILHO
Institute
of Urology and Nephrology, São José do Rio Preto, SP, Brazil
ABSTRACT
Objective:
To evaluate the ultrasound findings before and after pyeloplasty, in relation
to the evolution of dilation, renal parenchymal thickness and ecogenicity.
Materials and Methods: From January 1990
to December 1998, 14 patients (15 kidneys altogether) who underwent pyeloplasty
were analyzed. The last ultrasound performed before the surgery as well
as all performed in the first 3, 6, 12 and 24 months after the operation
were reviewed and compared to radioisotopic scans and intravenous pyelographic
findings.
Results: The rate of dilation decrease in
the first 3, 6, 12 and 24 months after surgery were 40%, 58.3%, 76.9%
e 84.6%, respectively. In a follow-up period of at least 1 year, 2 (15.3%)
renal units had complete resolution of the pelvic dilation and 4 (30.7%)
of the caliceal dilation. The ultrasound finding of reduced parenchymal
thickness had a low specificity to detect renal scars and poor renal function.
However, a normal renal thickness was related with a good prognosis. There
was no correlation between parenchymal hyperecogenicity, renal scars and
poor renal function.
Conclusion: The decrease in renal dilation
occurred in the majority of the patients, but its complete resolution
was rare. Patients with a normal parenchymal thickness had a very good
outcome after pyeloplasty.
Key words:
kidney, pyeloplasty, hydronephrosis, ultrasonography
Braz J Urol, 26: 190-195, 2000
INTRODUÇÃO
O
objetivo da intervenção cirúrgica em pacientes com
estenose da junção ureteropiélica é melhorar
a drenagem cirúrgica do sistema coletor dilatado (1). Os pacientes
que são submetidos a pieloplastia são seguidos em geral
no pós-operatório com estudo renal radioisotópico
e ultra-sonografia (2-4). Vários autores têm estudado a ultra-sonografia
como critério de indicação de pieloplastia (5,6),
entretanto poucos são os que têm avaliado o seu valor no
seguimento pós-operatório da hidronefrose. É importante
determinar qual é o padrão ultra-sonográfico antes
e após a pieloplastia, já que este é o exame de imagem
mais solicitado no seguimento pós-operatório destes pacientes,
pelo seu baixo custo e pela sua precisão na medida da dilatação
piélica (7). Além disto, é um exame que serve como
parâmetro de comparação de técnicas cirúrgicas
(2,8) e da aplicação de novas tecnologias (9). Uma das teóricas
vantagens da utilização da ultra-sonografia no pós-operatório
seria estudar a espessura e ecogenicidade do parênquima renal (4),
entretanto isto não está ainda estabelecido. O presente
estudo tem como objetivo avaliar os diversos achados ultra-sonográfico
pré e pós-operatórios, correlacionando-os com os
resultados dos estudos radioisotópicos renais e com a evolução
dos pacientes após a cirurgia.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram
avaliadas retrospectivamente 19 crianças portadoras de estenose
da junção ureteropiélica (JUP) que se submeteram
a pieloplastia de janeiro de 1990 a dezembro 1998. Três pacientes
foram excluídos por ausência de dados no pós-operatório
e 2 por refluxo vesicoureteral associado. Dos 14 pacientes avaliados,
um apresentava estenose de JUP bilateral, perfazendo-se, portanto, um
total de 15 unidades renais estudadas. Dez cirurgias foram realizadas
no lado esquerdo e 5 no direito. A idade média dos pacientes à
primeira ultra-sonografia foi de 4 anos (variando de 4 dias a 14 anos).
Sete pacientes tiveram diagnóstico antenatal de dilatação
pielocalicial, mas somente foram consideradas na análise as ultra-sonografias
realizadas após o nascimento. Quatorze crianças eram do
sexo masculino e uma do feminino. Todos os pacientes realizaram ultra-sonografia
no pré e pós-operatório e todos estes exames foram
revisados por um único radiologista.
A ultra-sonografia foi realizada através
de um aparelho Toshiba SSA 250A, com transdutor de 3.5 MHz. Os parâmetros
ultra-sonográfico pré e pós-operatórios avaliados
foram: diâmetro antero-posterior da pelve, graduação
da hidronefrose de acordo com a Sociedade de Medicina Fetal (10), além
de espessura e ecogenicidade do parênquima.
Os critérios para indicação
cirúrgica incluíram função renal relativa
menor que 35% no estudo por Tc99m ácido dimercapto-succínico
(DMSA) em 5 unidades renais, curva obstrutiva ou T1/2 maior que 20 minutos
ao renograma diurético quando associados à severa e persistente
hidronefrose à ultra-sonografia em 6 unidades e obstrução
associada à diminuição da função renal
na urografia excretora em 4. A técnica cirúrgica utilizada
foi a pieloplastia de Anderson-Hynes, espatulando-se o ureter após
excisão da pelve e ressecando-a quando necessário. O procedimento
foi realizado por diferentes cirurgiões. Todos os pacientes realizaram
cistouretrografia miccional antes da cirurgia para afastar refluxo vesicoureteral.
Onze unidades renais foram avaliadas com estudo radioisotópico
no pré-operatório, 11 no pós e 8 pacientes em ambos.
As demais foram avaliadas por urografia intravenosa (UIV). Todas as unidades
renais apresentaram uma drenagem piélica satisfatória no
renograma diurético e/ou UIV. A média da função
renal pré-operatória foi de 33,4% e de 42,7% no pós-operatório.
Cicatriz foi observada em 6 rins (3 no pré e pós-operatório
e 3 somente no pós).
RESULTADOS
A
média do diâmetro da pelve renal no pré-operatório
foi 2,9 cm, sendo que 3 rins tiveram a pelve menor que 1,5 cm, 5 entre
1,5 e 3 cm e 7 apresentaram uma pelve maior que 3 cm. Em seguimento médio
de 3 anos (variando de 6 meses a 9 anos) a média da pelve renal
no pós-operatório foi de 1,5 cm. A evolução
da dilatação piélica num tempo de seguimento mínimo
de 1 ano está demonstrada na Tabela-1. Apenas 2 unidades renais,
num seguimento maior que 2 anos, não reduziram a dilatação
piélica. Em uma havia extensa hidronefrose, com presença
de cicatriz renal e rim contralateral vicariante. Neste caso o diâmetro
da pelve era de 2,3 cm no pré-operatório e passou a 4,8
cm no primeiro ano após a cirurgia e assim permaneceu em um seguimento
de 3 anos, apesar da drenagem piélica no renograma com diurético
ser satisfatória e a função estar em 48%. Na outra
unidade na qual havia uma pelve de 3 cm, houve peristência da dilatação
após a pieloplastia em um seguimento de 4 anos. Vários cálculos
pielocalicilares foram detectados já no primeiro ano pós-operatório.
Estes foram tratados com 2 sessões de litotripsia extracorpórea
com sucesso parcial, o que pode justificar a persistência da dilatação.

A porcentagem de unidades renais que melhoraram
a dilatação piélica com relação ao
tempo está demonstrada na Tabela-2. Nos primeiros 3 meses após
a cirurgia notou-se melhora da dilatação em apenas 40%.
A dilatação foi diminuindo gradativamente com o tempo, sendo
a taxa de redução em 6 meses de 58,3%, em 12 meses de 76,9%
e após 24 meses de 84,6%. Em um tempo se seguimento mínimo
de 1 ano, 2 (15,3%) unidades renais tiveram resolução total
da dilatação piélica e 4 (30,7%) da dilatação
calicilar. Sendo assim, 46% das dilatações reduziram para
graus zero ou 1 de dilatação renal.

A ultra-sonografia pré-operatória
e a última pós-operatória foram utilizadas para a
avaliação da ecogenicidade e da espessura do parênquima
renal. Quatro rins eram hipercogênicos no pré-operatório
(2 somente no pré e 2 no pré e pós-operatório)
e 2 passaram a ser hiperecogênicos após a cirurgia. Dos rins
hiperecogênicos apenas 3 tinham cicatrizes renais e um tinha função
reduzida. A média da função relativa dos rins hiperecogênicos
foi de 35,6% e dos rins normoecogênicos a média foi de 39,7%.
Todos os parênquimas renais foram
medidos na ultra-sonografia e foram comparados aos achados dos estudo
radioisotópicos e da UIV. Treze (86,7%) rins tinham o parênquima
reduzido no período pré-operatório, destes, 6 (46,1%)
apresentaram cicatriz no DMSA ou na UIV. Dos 13 rins com parênquima
reduzido, 9 (69,2%) mantiveram-se reduzidos no pós-operatório
e 4 (30,8%) normalizaram. Em todos estes 4 casos percebeu-se um bom crescimento
do rim e normalização da função renal relativa,
além de redução acentuada da dilatação
no pós-operatório. Os 2 rins com parênquima normal
no pré-operatório, assim se mantiveram no pós. Todos
os pacientes com cicatriz renal ao DMSA no pré-operatório
tinham parênquima reduzido à ultra-sonografia e dos 3 que
passaram a apresentar cicatriz ao DMSA no pós-operatório,
um apresentava parênquima renal normal à ultra-sonografia.
Inversamente, de 9 unidades sem redução do parênquima
na ultra-sonografia no pré ou no pós-operatório,
apenas uma apresentou cicatriz renal.
A média da função renal
relativa quando havia redução do parênquima foi de
35% e naqueles com parênquima normal esta foi de 51%. A sensibilidade,
especificidade e valor preditivo positivo da espessura reduzida do parênquima
renal na ultra-sonografia em detectar cicatriz renal no DMSA ou UIV foram
de 90%, 33% e 39%, respectivamente. Vinte e três estudos da função
renal no DMSA estiveram disponíveis para comparação
com as ultra-sonografias pré e pós-operatórias. Das
unidades renais com parênquima renal de espessura reduzida, 7 tinham
função menor ou igual a 30% e 9 maior que 30%. As 7 unidades
com parênquima de espessura normal tinham função maior
que 30%. A sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo do
parênquima reduzido na detecção de rins com função
menor ou igual a 30% foram de 100%, 56% e 56%, respectivamente.
DISCUSSÃO
Os
resultados da pieloplastia têm sido avaliados pelo renograma diurético
e pela ultra-sonografia. Entretanto, o renograma diurético apesar
de ser o melhor exame para o estudo da drenagem urinária nos primeiros
meses após a cirurgia, não é o exame ideal para o
seguimento dos pacientes a longo prazo, já que é dispendioso,
invasivo, além de não oferecer dados anatômicos. Para
este fim, a ultra-sonografia é o exame de escolha já que
não é invasivo e fornece medidas precisas da pelve renal
e da dilatação calicilar (7). Já que a ultra-sonografia
é um exame importante no seguimento dos pacientes que se submetem
a pieloplatia e também por ter sido utilizada para comparação
dos resultados de diversos tipos de tratamentos da estenose de JUP, faz-se
necessário conhecer como se comportam os achados ultra-sonográfico
antes e após um curto e longo prazo da cirurgia.
O presente estudo tem a particularidade
de avaliar não só a evolução do grau de hidronefrose,
como fizeram outros autores (4), mas também o diâmetro antero-posterior
da pelve, que cada vez mais tem sido utilizado como indicador prognóstico.
Tem-se afirmado que uma das vantagens da ultra-sonografia é poder
avaliar a espessura e ecogenicidade do parênquima (4). Um parênquima
reduzido tem sido colocado como um preditor para a necessidade de pieloplastia,
nos casos de estenose de JUP. Entretanto o valor destes 2 achados nos
pacientes que são submetidos a pieloplastia ainda não é
conhecido.
Achados ultra-sonográficos foram
estudados (2) em 56 unidades renais submetidas a pieloplastia. O período
de seguimento variou de 2 semanas a 64 meses (média de 16 meses).
Neste estudo, 72% dos rins melhoraram o grau de dilatação
enquanto 96% reduziram o diâmetro piélico num seguimento
maior do que 24 meses. Nos primeiros 6 meses após a cirurgia apenas
43% melhorou o grau e 61% o diâmetro piélico. Quatro pacientes
nos quais o tamanho piélico não diminuiu, necessitaram de
reoperação. Somente 2 pacientes de um total de 50 reduziram
a dilatação para grau zero. Estes autores concluíram
que a medida do diâmetro piélico é um melhor parâmetro
para o seguimento dos pacientes do que o grau de hidronefrose. A evolução
do grau de hidronefrose após a pieloplastia em 47 unidades renais
de crianças até 12 anos de idade foi estudada (4), num tempo
de seguimento médio de 3,8 anos, variando de 2 a 9. Notou-se melhora
do grau de hidronefrose em 91% dos casos. Contudo, somente 38% melhoraram
nos primeiros 6 meses de seguimento. Redução da hidronefrose
para graus zero ou 1 foi somente observada em 19% dos casos. De acordo
com os nossos resultados, nos primeiros 3 meses após a cirurgia,
40% das unidades renais reduziram o diâmetro da pelve. Em 6 meses
esta taxa foi de 58,3%, em 1 ano esta foi de 76,9% e a partir de 2 anos
este valor foi de 84,6%. Cerca de 15% dos pacientes reduziram completamente
a dilatação piélica (grau 0) e 31% passaram a ter
uma leve dilatação piélica sem caliectasia (grau
1). Isto perfaz um total de 46% dos pacientes com graus zero ou um pós-pieloplastia,
o que difere dos 19% dos pacientes encontrados por Amling e col.(4). Como
estes autores estudaram apenas pacientes com um mínimo de 2 anos
de seguimento, é provável que eles tenham selecionado apenas
os casos com pior evolução.
Foi detectado em nosso estudo um aumento
de dilatação em uma unidade renal intensamente obstruída,
com função reduzida e rim contralateral vicariante. A persistência
da dilatação renal no pós-operatório foi relacionada
(3), à intensidade da obstrução e da função
renal antes da cirurgia. Embora isto seja corroborado pelo nosso estudo,
outras séries precisam confirmar estes achados.
A redução da medida do parênquima
renal na ultra-sonografia em pacientes com estenose de JUP é um
fator preditivo de pieloplastia (5). Entretanto, não se sabe como
evoluem estes pacientes após a cirurgia, nem a sua relação
com cicatrizes renais e função renal pré e pós-operatórias.
Treze (86,6%) unidades renais apresentaram redução do parênquima,
o que demonstra que este achado é bastante comum nos pacientes
que são submetidos a pieloplastia. A incidência de normalização
no pós-operatório foi em torno de 31% e de acordo com os
nossos dados, isto foi um sinal de bom prognóstico. Entretanto,
apesar do parênquima renal reduzido ter uma elevada sensibilidade
na detecção de cicatrizes renais e função
renal relativa menor que 30%, a especificidade e o valor preditivo positivo
são extremamente baixos. Inversamente, dos rins com parênquima
de espessura normal na ultra-sonografia, uma apresentou cicatriz no DMSA
e/ou na UIV e nenhuma apresentou função relativa menor ou
igual a 30%. Portanto, espessura normal do parênquima na última
ultra-sonografia se correlaciona bem com uma função renal
satisfatória e ausência de cicatrizes renais.
Hiperecogenicidade foi encontrada em 40%
das unidades renais. Entretanto, não encontramos qualquer correlação
entre este achado, presença de cicatrizes renais e evolução
dos pacientes.
CONCLUSÃO
Mais
da metade dos pacientes não apresentaram redução
da dilatação piélica nos primeiros 3 meses após
a cirurgia, o que torna este exame pouco útil na avaliação
dos resultados cirúrgicos nos primeiros meses. Entretanto, aproximadamente
85% das unidades renais apresentaram redução da dilatação
piélica num seguimento de no mínimo 2 anos, sendo a taxa
de resolução completa da dilatação calicilar
de 46% e da dilatação piélica de 15%. Nossos dados
sugerem que parênquima reduzido na ultra-sonografia é um
evento comum nos pacientes que se submetem a pieloplastia, mas não
é específico nem prediz cicatriz ou má função
renal. Entretanto, um parênquima de espessura normal esteve associado
à função renal satisfatória e parênquima
sem lesões. A normalização da espessura do parênquima
no pós-operatório previamente reduzido antes da cirurgia
esteve, nesta série, associado a bom prognóstico. Hiperecogenicidade
do parênquima foi encontrada em cerca de um terço dos pacientes
e não se correlacionou nem com presença de cicatriz nem
com redução da função renal. Estudos com um
número maior de pacientes precisam ser realizados para confirmação
destes achados.
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____________________
Received: June 11, 1999
Accepted after revision: March 14, 2000
RESUMO
ACHADOS ULTRA-SONOGRÁFICO
RENAIS PRÉ E PÓS-PIELOPLASTIA
Objetivo:
Avaliar os achados ultra-sonográficos pré e pós-pieloplastia,
avaliando a evolução da dilatação piélica
e de achados como redução e hiperecogenicidade do parênquima
renal.
Material e Métodos: Foram avaliados
14 pacientes (15 unidades renais) que foram submetidas a pieloplastia
de janeiro de 1990 a dezembro 1998. A última ultra-sonografia pré-opertória
e todas realizadas nos primeiros 3 meses, aos 6, 12 e após 24 meses
foram avaliadas e comparadas aos achados da cintilografia renal e urografia
intravenosa.
Resultados: A redução da dilatação
nos primeiros 3 meses, aos 6, 12 e após 24 meses após a
cirurgia ocorreu em 40%, 58,3%, 76,9% e 84,6%, respectivamente. Em um
tempo sem seguimento mínimo de 1 ano, 2 (15,3%) unidades renais
tiveram resolução total da dilatação piélica
e 4 (30,7%) da dilatação calicilar. O achado ultra-sonográfico
de parênquima reduzido apresentou uma baixa especificidade na detecção
de cicatriz e baixa função renal. Entretanto, um parênquima
renal normal no pré e pós-operatório ou que se normalizou
após a cirurgia se correlacionaram com bom prognóstico.
Houve uma baixa correlação entre hiperecogenicidade do parênquima,
cicatriz renal e diminuição da função renal.
Conclusão: A redução
da dilatação pielocalicilar é um evento esperado
para a maioria dos pacientes, mas a sua resolução completa
ocorre com baixa freqüência. Pacientes com parênquima
de espessura normal à ultra-sonografia ou que se normalizam após
a cirurgia têm um bom prognóstico.
Unitermos:
rim, estenose de junção ureteropiélica, pieloplastia,
hidronefrose, ultra-sonografia
Braz J Urol, 26: 190-195, 2000
_______________________
Correspondence address:
Ubirajara Barroso Jr.
Rua Voluntários de São Paulo, 3826
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