LONG-TERM FOLLOW-UP
OF PATIENTS RECEIVING INTRACAVERNOUS INJECTION THERAPY
ADRIANO ALMEIDA
CALADO, UBIRAJARA BARROSO JR, MÁRCIO EL AMMAR MULLER, MIGUEL ZERATI FILHO,
RUBENS CARLOS MARTUCCI
Institute
of Urology and Nephrology, São José do Rio Preto, SP, Brazil
ABSTRACT
Introduction:
Vasoactive intracavernosal pharmacotherapy has been extensively used for
the treatment of erectile dysfunction. However, there is a lot of concern
about the high rates of treatment discontinuation and on patients satisfaction.
We investigated the efficacy, side effects, complications and dropout
rate for injection therapy in patients who started treatment more than
5 years ago.
Material and Methods: A questionnaire was
developed to investigate four major areas: erectile response, complications,
patient satisfaction and reasons for discontinuation of injection therapy.
We studied 72 patients who were started intracavernosal pharmacotherapy
more than 5 years ago and have answered the questionnaire.
Results: Thirty-eight patients continuing
to use injections after five years whereas 34 (47,2%) had discontinued
the treatment. The patients mentioned one or more of the following reasons
for discontinuation: lack of sexual spontaneity (38%), cost of therapy
(35%). The percentage of patients reporting any side effects was nearly
identical among those who continued using intracavernosal pharmacotherapy
and those who discontinued therapy. Paradoxically, discontinuing intracavernosal
pharmacotherapy was apparently unrelated to side effects or etiology of
erectile dysfunction.
Conclusion: This study shows that because
of high initial satisfaction and relatively minor side effects, vasoactive
intracavernosal pharmacotherapy should remain as one of the options for
long-term treatment of erectile dysfunction. However, despite seemingly
doing well, patients often discontinue therapy. Patient criteria for continuing
or not continuing with the treatment is an area that needs to be better
understood.
Key words:
erectile dysfunction, intracavernosal pharmacotherapy, impotence
Braz J Urol, 26: 176-181, 2000
INTRODUÇÃO
A
disfunção erétil (DE) é uma entidade clínica
complexa, de etiologia multifatorial que atinge aproximadamente 20 milhões
de indivíduos nos EUA (1). Após os estudos pioneiros de
Brindley (2) e Virag (3) foi iniciada uma nova era no tratamento desta
patologia. Atualmente a farmacoterapia intracavernosa (FIC) é uma
das modalidades de tratamento não cirúrgico mais efetiva
da disfunção erétil. Os agentes vasoativos mais comumente
usados são a papaverina, fentolamina e prostaglandina E1 (PGE1),
isolados ou em associações. Quando usadas em combinação
estas drogas tem efeito sinérgico e efeitos colaterais reduzidos
em relação ao uso de agentes isolados (4,5). Estudos iniciais
de acompanhamento tem relatado um alto índice de abandono da terapia,
apesar da sua eficácia e dos efeitos adversos serem leves (6-8).
Até a presente data poucos são os estudos em nosso meio
sobre a eficácia, aderência ao tratamento e taxa de satisfação
com o uso deste método terapêutico a longo prazo.
O objetivo do nosso estudo foi avaliar pacientes
que iniciaram FIC há mais de 5 anos, e determinar o índice
de satisfação, efeitos adversos, complicações
e possíveis fatores que influenciaram no abandono do tratamento.
MATERIAL E MÉTODOS
Um
questionário foi desenvolvido para realizar a investigação
dos pacientes, abordando 4 principais tópicos (Anexo-1): a) resposta
erétil, b) efeitos adversos e complicações, c) satisfação
do paciente com o método e d) motivo para abandono do tratamento
(se o paciente atualmente não estava usando a medicação).
Foram selecionados 100 pacientes que apresentaram resposta satisfatória
a FIC e que iniciaram o tratamento há mais de 5 anos. Dos 100 pacientes
contatados, 72 responderam ao questionário. Para melhor avaliar
a satisfação com o tratamento os pacientes foram questionados
se recomendariam esta terapia para um amigo. Os prontuários de
todos os pacientes foram revisados e avaliados dados relativos a etiologia
da disfunção erétil, medicação utilizada,
dose, tempo de uso e complicações durante o seguimento.
Os pacientes portadores de disfunção erétil são
submetidos a uma história clínica detalhada, exame físico
e exames complementares quando necessários. Várias formas
de tratamento são expostas, incluindo a FIC. Aqueles que são
encaminhados para FIC são submetidos inicialmente a um teste de
ereção farmaco-induzida. Para todos os pacientes que apresentam
resposta positiva (ereção plena) é prescrita a solução
trimix na seguinte dosagem: 30 mg de papaverina, 1 mg de fentolamina e
20 mg de PGE1. Após a prescrição da medicação,
receberam instruções de como manipular o fármaco,
sua conservação e técnica de aplicação,
realizando a primeira injeção sob supervisão do médico
assistente. A dosagem da solução é ajustada individualmente
de acordo com a resposta de cada paciente. Os pacientes são também
orientados a retornar ou entrar em contato com o médico se a ereção
persistir por mais de 4 horas, e a não exceder três aplicações
semanais. O acompanhamento é inicialmente mensal e posteriormente
as visitas são espaçadas de acordo com a segurança
do paciente com o método.

Para realização da análise
dos resultados os pacientes foram divididos em 2 grupos, o grupo I consistiu
dos pacientes que interromperam o tratamento durante o seguimento apesar
de apresentarem uma resposta inicial satisfatória, e o grupo II
foi formado pelos pacientes que continuaram usando a FIC até a
data da última avaliação. Os resultados dos 2 grupos
referentes a idade, etiologia da disfunção erétil,
resposta erétil com a FIC, satisfação com o tratamento,
efeitos adversos e razões para abandono da terapia foram avaliados
pelo teste do Qui-quadrado.
RESULTADOS
A
idade média dos pacientes foi de 58,2 anos (variando de 44 a 71
anos). Os pacientes apresentaram como etiologia da disfunção
erétil fatores psicogênicos, orgânicos e mistos. Trinta
e quatro pacientes (47,3%) apresentavam etiologia mista, 21 (29,1%) etiologia
orgânica e 17 (23,6%) etiologia psicogênica. Todos os pacientes
estudados apresentaram resposta inicial satisfatória com o uso
da FIC, sendo a dosagem da solução trimix individualizada.
A freqüência média de injeções por mês
foi de 5 (variando de 1 a 11 aplicações). Nenhum paciente
apresentou resposta negativa ao uso da medicação.
No grupo em estudo, composto de 72 pacientes,
os efeitos adversos foram relatados por 43 (59,7%), sendo principalmente
de leve intensidade (33 pacientes - 76,7%). As queixas mais freqüentemente
relatadas foram hematomas superficiais (49%) e desconforto na aplicação
(28%), seguidos em menor freqüência por priapismo, formação
de placa e infecção superficial (Tabela-1). Os pacientes
que apresentaram priapismo foram tratados, com sucesso, através
de drenagem. O paciente que apresentou infecção superficial
no local da aplicação foi tratado com antibioticoterapia
oral e curativos, obtendo bom resultado. Não tivemos complicações
graves em nossa série.

A interrupção do tratamento
ocorreu em 34 pacientes (47,2%) e as principais razões para abandono
do tratamento estão listadas na Tabela-2. Destes pacientes que
abandonaram o tratamento, 46% o fizeram durante o primeiro ano de acompanhamento.
Os demais abandonaram o tratamento durante o seguimento em um tempo médio
de 15,6 meses (variando de 12,2 à 25 meses).

Quando separamos os pacientes em 2 grupos
de acordo com o critério de interrupção do tratamento
observamos que não existe diferença significativa com relação
ao fator etiológico da DE, a idade dos pacientes ou a incidência
de efeitos adversos. Os efeitos adversos foram relatados por 58% dos pacientes
do grupo I e 53% dos pacientes do grupo II.
Apesar da elevada taxa de abandono do tratamento,
51 pacientes (71%) recomendariam a terapia.
DISCUSSÃO
A
farmacoterapia intracavernosa (FIC) é uma das principais modalidades
terapêuticas no tratamento da disfunção erétil.
A taxa de abandono do tratamento relatada na literatura varia de 11 a
80% (6-10). Foi demonstrado em alguns estudos que a maioria dos pacientes
abandona a terapia dentro do primeiro ano de seguimento (6). Seria importante
que estes pacientes que apresentam risco aumentado para interrupção
do tratamento pudessem ser identificados, pois poderiam beneficiar-se
de um seguimento mais rígido ou de outras opções
terapêuticas. No entanto, os estudos a respeito deste aspecto são
escassos na literatura.
Em nosso estudo obtivemos uma taxa de interrupção
do tratamento de 47,2%, o que condiz com a literatura (5,8,11,12). Dos
pacientes que interromperam a terapia, 46% o fizeram no primeiro ano de
seguimento. Analisando a nossa série nos parece que os pacientes
que inicialmente apresentam baixa satisfação com a FIC,
ou insegurança com o seu uso, tendem a abandonar o tratamento.
Confirmando os dados relatados por alguns autores a respeito da importância
do treinamento do paciente e do acompanhamento inicial (5). Apesar dos
efeitos adversos serem relatados comumente, 59,7% em nosso estudo, eles
são de pouca gravidade e na maioria das vezes não deixam
seqüelas. A complicação mais relatada em nossa casuística
foi a formação de hematoma superficial no local da injeção
seguido de desconforto após a aplicação. Nenhum paciente
apresentou complicação local grave ou sistêmica. Nossos
resultados com relação aos efeitos adversos são comparáveis
com vários estudos disponíveis, apesar de algumas complicações
serem mais freqüentes que outras (12-15). Lakin et al. (12) estudaram
um grupo de 100 pacientes seguidos por 29 meses e relataram uma taxa de
20,9% de hematomas e 13,6% de desconforto moderado. Incidência maior
destes efeitos adversos foi encontrada por Girdley et al. em um estudo
de 78 pacientes, onde encontrou 78 e 30% de dor e hematoma superficial
respectivamente. Em nossa série a incidência de efeitos adversos
foi praticamente idêntica entre os pacientes que pararam e os que
continuaram o tratamento, sugerindo que este fator não está
diretamente relacionado com o abandono da terapia. A taxa de efeitos adversos
relatados foi de 54% e 51% respectivamente para os grupos I e II (Tabela-3).

De acordo com os nossos dados, idade, etiologia
da disfunção erétil, efeitos adversos e complicações
não foram fatores de risco para abandono do tratamento com FIC,
resultados que condizem com a literatura (16). Gupta et al. (6) relataram
em um estudo de 1089 pacientes em uso de FIC uma taxa de interrupção
do tratamento de 37,7%. Foi também evidenciado que os pacientes
com DE de etiologia vascular apresentavam uma maior tendência ao
abandono do tratamento. Estes autores identificam os primeiros 2 meses
de tratamento como período crítico para interrupção
da terapia (50% dos pacientes suspenderam o uso neste intervalo) e recomendam
um seguimento mais rígido durante este período.
Mulhall et al. (17) publicaram recentemente
o maior estudo sobre causas de interrupção da terapia intracavernosa.
A taxa de abandono do tratamento foi de 31% dentre os 720 pacientes estudados.
Foram analisados também efeitos adversos e causas de abandono da
FIC. Estes autores concluem que a redução da interrupção
no tratamento pode ser obtida através da redução
do custo da medicação e da correta indicação,
orientação e acompanhamento do paciente.
Quando analisamos os nossos dados relativos
ao abandono do tratamento notamos que apesar da maioria dos pacientes
apresentar-se inicialmente satisfeita com a medicação, 47,2%
interrompem o tratamento ao longo do tempo. As principais razões
para interrupção do tratamento foram: falta de espontaneidade
do método, custo do tratamento, redução da resposta
erétil, medo de efeitos a longo prazo, medo de injeções,
e perda da parceira. Vale ressaltar que nossos resultados diferem dos
relatados na literatura em freqüência, principalmente no que
se refere ao custo do tratamento, que em nosso meio é um fator
importante de interrupção da terapia. Apesar da alta taxa
de abandono, 71% dos pacientes recomendariam o tratamento. Os nossos dados
confirmam que o tratamento da DE com FIC é seguro a longo prazo,
sem apresentar complicações graves.
Em nosso trabalho as razões para
abandono do tratamento não estão diretamente relacionadas
com efeitos adversos objetivos ou queixas orgânicas, o que leva
a levantar a hipótese que estes pacientes (que abandonam a terapia)
são menos motivados, ou menos satisfeitos com a sexualidade farmacologicamente
induzida. Com certeza fatores sociais e psicológicos tem papel
fundamental nesta decisão e precisam ser melhor estudados.
CONCLUSÃO
O
tratamento da disfunção erétil com farmacoterapia
intracavernosa é seguro e efetivo a longo prazo, no entanto, metade
dos pacientes abandona o tratamento com o passar do tempo. O abandono
da terapia não tem relação direta com os efeitos
adversos, idade do paciente, etiologia da DE ou satisfação
geral. Os possíveis fatores psicológicos e sociais que levam
o paciente a descontinuar o tratamento merecem ser melhor estudados.
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________________________
Received: November 8, 1999
Accepted after revision: March 30, 2000
RESUMO
AVALIAÇÃO
A LONGO PRAZO DOS PACIENTES EM USO DE FARMACOTERAPIA INTRACAVERNOSA PARA
DISFUNÇÃO ERÉTIL
Introdução
e objetivo: O uso da farmacoterapia intracavernosa (FIC) no tratamento
da disfunção erétil (DE) tem sido largamente empregada
em nosso meio. No entanto são poucos os estudos sobre a taxa de
satisfação, efeitos adversos e abandono do tratamento a
longo prazo. Os objetivos deste trabalho são relatar a taxa de
satisfação e efeitos adversos com o tratamento bem como
identificar e estudar os fatores envolvidos no abandono da terapia em
pacientes que iniciaram FIC há mais de 5 anos.
Material e Métodos: Foram contatados
para entrevista 100 pacientes que iniciaram FIC há mais de 5 anos,
com resposta erétil adequada. Todos os pacientes usaram solução
trimix (papaverina + fentolamina + prostaglandina (PGE1)). Setenta e dois
pacientes responderam ao questionário com avaliação
de 4 principais tópicos: resposta erétil, efeitos adversos,
satisfação com o tratamento e motivos para o abandono da
terapia. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: pacientes que interromperam
o tratamento e os que continuaram com a terapia.
Resultados: Os efeitos colaterais foram
relatados por 43 pacientes (59,7%), sendo a maioria de leve intensidade.
O índice de abandono do tratamento foi de 47,2% (34 pacientes).
Os principais efeitos adversos relatados foram hematomas superficiais
(49%) e desconforto na aplicação (28%). Entretanto, o número
de pacientes que relataram efeitos adversos foi semelhante entre os 2
grupos. Apesar da elevada taxa de abandono, 71% dos pacientes recomendariam
a terapia.
Conclusão: O tratamento da DE com
FIC é seguro e eficaz a longo prazo, no entanto, metade dos pacientes
interrompe o tratamento com o tempo. A interrupção da terapia
parece não estar diretamente relacionado aos efeitos adversos ou
a satisfação.
Unitermos:
disfunção erétil, terapia intracavernosa, impotência
sexual
Braz J Urol, 26: 176-181, 2000
_______________________
Correspondence address:
Adriano Almeida Calado
Rua Voluntários de São Paulo, 3826
São José do Rio Preto, SP, 15015-400
Fax: (17) 232-2230
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